quarta-feira, 24 de junho de 2009

Caos Sonoro - parte 6 (Atualizações)


De volta para 2009!

Agora em 2009, os preços dos cds estão mais baratos em relação aos de 2 anos atrás. Finalmente as gravadoras começaram a perceber a necessidade de torná-los mais acessíveis e, conseqüentemente, mais sedutores. Eu, por exemplo, comprei o novo cd do Jason Mraz (We Sing, We Dance, We Steal Things) por R$ 20,00 reais. Se, em 2004, tive que pagar R$40,00 reais pelo So Called Caos da Alanis Morissette, esse ano comprei o MTV Unplugged, o The Colletion e o Flavors of Entanglement (que saiu em 2008) por R$ 45,00 reais apenas! Mas esses melhores preços geralmente são encontrados em megastores. Nas lojas especializadas em cds, muitas vezes, os preços continuam altos. Encontrei uma loja incrível, com um catálogo grande e interessante - e que até arruma os cds pela ordem que foram lançados(!) – onde os mesmos cds da Alanis custavam de R$ 30,00s a R$ 40,00 reais cada um! E depois dizem que não entendem porque as lojas de cd estão falindo... Claro que também existem lojas que estão batalhando e fazendo as coisas corretas, mas esse fato mostra como as mudanças ainda não foram realmente internalizadas, que tem gente que ainda não entendeu que precisa mudar e agir diferente.

A Trama novamente mostrou ousadia ao criar o “Álbum Virtual”, um site que traz (e faz) o lançamento de discos completos para download gratuito. O primeiro foi o Donkey, segundo disco do Cansei De Ser Sexy. Depois já foram lançados: Chapter 9, do Ed Motta; Artista Igual Pedreiro, estréia do Macaco Bong; Danç-êh-sá Ao Vivo, do Tom Zé; C_OMPL_TE, do Móveis Coloniais de Acaju. As obras ficam disponíveis por tempo limitado, mas no momento, só o do Tom Zé não pode mais ser baixado. Todos também estão disponíveis para venda em lojas de cd.

Para terminar, vale à pena comentar o caso Mallu Magalhães. Usando dinheiro que ganhou no seu aniversário de 15 anos, ela gravou quatro músicas em um estúdio profissional e as colocou no seu My Space. As músicas fizeram sucesso, o burburinho começou. Apesar de ter sido cortejada pelas maiores gravadoras do país, ele escolheu a liberdade de ser uma artista independente. O disco foi produzido pelo Mario Caldato Jr.(que já produziu Jack Johnson, Marcelo D2, Marisa Monte, Vanessa da Mata e Beastie Boys) e gravado com o dinheiro que ela recebeu pela liberação da música J1 para um comercial da empresa de celular Vivo. O cd saiu primeiro em celulares da mesma empresa (vinha gratuitamente em um cartão de memória de 1 Gb que acompanha alguns aparelhos e também podia ser baixado numa hotsite criado pela empresa, a R$ 1,99 cada faixa).

Sintomático, não? Mostra como as gravadoras perderam seu poder e como isso pode se percebido numa maior liberdade para os artistas. E num maior leque de opções para se produzir, financiar e divulgar música. Nem tudo é perfeito, mas ao contrário de muitas especulações, não é o fim do mundo, apenas algo novo. O Belchior já não cantava em 1976 que o novo sempre vem? Então... que seja bem vindo.

ps: existem tantas coisas ainda para falar, tantas exceções... eu sei disso. Mas espero que tenha dado para ter uma idéia de alguns pontos básicos sobre o assunto

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