Um espaço de residência para opiniões, informações e questionamento sobre música, cinema, literatura - cultura pop em geral. Sem a intenção de encontrar ou definir a verdade sobre os assuntos, apenas pensamentos transcritos representando a opinião de uma pessoa em um determinado momento.
Se o disco do Sondre Lerche for todo com músicas do quilate de Private Caller e Domino será um crime não ouvi-lo.
Private Caller é um rock com mixagem linda (a clareza de todos os instrumentos é invejável), baixo forte, guitarras precisas, bateria para dançar solto, solo agressivo para embalar um relação de amor conflituosa.
Domino é uma balada elegante que preenche o ambiente.
Os dois clipes foram dirigidos pela Kate Barker-Froyland. O disco, Sondre Lerche, será lançado amanhã na Europa (e, consequentemente, na internet...) e dia 7 na América do Norte.
A única ex-Spice Girl com uma carreira digna de nota, Melanie C postou no seu canal do You Tube uma nova música. Rock Me fará parte do quinto disco da cantora, sucessor do This Time (2007). O disco não tem previsão de lançamento, mas deve ser ainda esse ano. Além dessa versão rock, Rock Me também terá uma versão dance - como se precisasse... essa versão já é uma grande convite para a pista de dança!
Seth Rogen (Segurando as Pontas, Ligeiramente Grávidos, Pagando Bem Que Mal Tem?) e Evan Goldberg (Superbad - É hoje, Ligeiramente Grávidos, Segurando as Pontas, Gente Engraçada) escreveram juntos o roteiro de O Besouro Verde (estrelado por Rogen e dirigido pelo francês Michel Gondry) e agora são os produtores de 50/50, filme escrito por Will Reiser, amigo da dupla.
O roteiro de Will foi inspirado em sua própria experiência com câncer quando ele tinha vinte e poucos anos. Adam (Joseph Gordon-Levitt) descobre com grande surpresa ("isso não faz sentido: eu não fumo, não bebo.. eu reciclo...") que está com câncer e tem 50% de chances de viver. O filme é uma história sobre a amizade de Adam com Kyle (Seth Rogen) e sobre como os amigos se apóiam nesse momento difícil. Mas o filme também tem seus momentos de comédia e descontração.
Adam (Gordon-Levitt) e Kyle (Rogen)
Adam recebenda ajuda de Katie (Anna Kendrick)
Depois de um tempo recebendo pouca atenção, Joseph Gordon Levitt, felizmente, está podendo mostrar seu grande talentos em ótimos filmes como A Origem e 500 Dias com Ela.Também no elenco, (as novas queridinhas de Hollywood) Anna Kendrick e Bryce Dallas Howard, além da Anjelica Huston (Viagem a Darjeeling, No Sufoco, Os excêntricos Tenenbauns).
O filme dirigido por Jonathan Levine estreia no dia 30 de setembro e parece que será um dos grandes sucessos do universo cinematográfico alternativo.
Eddie Vedder, vocalista do Pearl Jam, lançará seu segundo projeto solo. O primeiro foi a trilha sonora do filmeNa Natureza Selvagem, dirigido pelo ator Sean Penn e estrelado pelo Emile Hirsch.
Nessa segunda aventura solo, Vedder deixa o rock de lado em canções executadas apenas em ukeleles, por isso o nome do disco, Ukelele Songs. Eu dei play para ouvir uma música e só consegui parar de ouvir agora - quando terminou a última música (que por sinal é uma linda versão da esplêndida Dream A Little Dream Of Me, já gravada por Ella Fitzgerald e Laura Fygi).
Ouça as faixas em: http://www.npr.org/2011/05/25/136649054/first-listen-eddie-vedder-ukulele-songs
Essas três cantoras formam a minha santíssima trindade quando o assunto é artistas femininos internacionais. Então, fico muito feliz que todas estão com novidades interessantes.
Eu não esperava nenhuma novidade sobre a Alanis porque ela deve estar muito ocupada cuidando do Ever Imre, seu primeiro filho. Imre nasceu no natal passado e é fruto da relação da cantora com o rapper Mario Treadway.
Foi para o rapper que Alanis escreveu e gravou a canção Into A King. Sem maiores anúncios, Alanis postou a música no Sound Cloud (onde se pode ver que uma foto da Alanis com Mario usada como se fosse a capa de um single) e colocou o link na sua conta do Twitter.
A letra (como sempre) foi escrita pela Alanis. A música é uma parceria da canadense com o britânico Guy Sigsworth. Guy foi o produtor do ótimo último disco de estúdio da Alanis, Flavors Of Entanglement (2008), e já trabalho com a Bjork, Bebel Gilberto e Imogen Heap (com quem formou o duo eletrônico Frou Frou).
Não se sabe se essa música é algo isolado ou se Alanis está trabalhando em um novo disco. Pessoalmente, acredito (infelizmente) que é a primeira opção. Mas fico radiante só por ter uma nova música dela que é minha artista preferida de todos os tempos.
Acho que Tori Amos é a Joni Mitchell de sua geração (a única que acredito poder se equiparar a ela é a Ani DiFranco). Ela é uma cantora sublime, compositora inspiradíssima, criativa e pessoal, além de ser uma pianista com treinamento clássico.
Seu próximo projeto promete surpresas. O décimo primeiro disco de estúdio da cantora será chamado Night of Hunters. Lançado em setembro pela Deutsche Grammophon e acompanhado de uma turnê, o novo projeto será composto por canções que foram escritas por Amos inspirada em temas musicais clássicos dos últimos 400 anos. Segundo a descrição da cantora, “a protagonista do projeto será uma mulher quese encontranas brasasagonizantes de umrelacionamento. No decurso de uma noite, ela passa por uma iniciação do tipo que leva a reinventar-se permitindo que o ouvinte a siga em uma viagem para explorar músicas e emocções complexasto. Um dos principais temas explorados neste álbum é o caçador e caçado e como ambos existem dentro de nós”.
Sobre o Biophilia, novo projeto da Bjork, sabe-se muito pouco ainda. O disco foi parcialmente gravado usando o Ipad e é um projeto multimídia que envolverá música, aplicativos, internet, instalações e shows ao vivo. O parceiro de longa data Michel Gondry (Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças, Rebobine Por Favor), diretor dos clipes de Isobel, Bachelorette, Declare Independence e mais alguns da cantora, está envolvido no projeto. Biophilia será o primeiro album-aplicativo do mundo.
O sétimo cd de estúdio da islandesa mais famosa do planeta não tem data de lançamento, mas o site da cantora já está todo reformulado.
O Thunderbird é mais conhecido por ter sido VJ da MTV por muito tempo. Ele é uma das caras clássicas do canal. Mas ele também tem um projeto musical, Thunderbird & os Devotos de Nossa Senhora Aparecida. Em sua nova música, Eu Não Quero Crescer, ela convidou a Pitty para cantar nessa versão em português da música dos Ramones (I Don't Want to Grow Up).
Alex (Romain Duris), sua irmã Melanie (Julie Ferrier) e seu cunhado Marc (François Damiens) foram a equipe de uma empresa nada ortodoxa. O serviço que eles provêm é o rompimento de casais. O que há em comum entre os clientes é a insatisfação de alguém ligado a uma mulher (um irmão, amiga, parente) que não percebe que está envolvida em um relacionamento ruim. Não tem nada a ver com traição. Eles só criam uma situação onde Alex faz essa mulher se sentir “apaixonada” por ele e perceber que seu relacionamento não traz mais essa felicidade. Nas palavras não muito educadas de Marc : “a gente abre os olhos delas, não as pernas”.
Sem dinheiro, eles, pela primeira vez, aceitam começar um trabalho sem saber se a mulher em questão é infeliz ou não. Essa mulher é Juliette Van Der Becq (Vanessa Paradis, linda esposa do Johnny Depp que deveria dar um fim no imenso diastema que possui entre seus incisivos centrais superiores) e seu pai não quer que aconteça seu casamento com Jonathan (Andrew Lincoln, de The Walking Dead), marcado para acontecer em dez dias. E para complicar ainda mais, Sophie (Héléna Noguerra), uma velha amiga de Juliette entra na história (como sua boca suja e sexualidade agressiva que resultam em muitas risadas).
Como Arrasar um Coração (L'arnacoeur), dirigido por Pascal Chaumeil, é um daqueles filmes pop, fácil de assistir e cheio de charme. O final é previsível, mas não teria graça se fosse diferente. Todo o elenco está muito entrosado, mas ter o sempre ótimo Romain Duris como protagonista sempre ajuda. Duris tem em sua filmografia belas obras como o Albergue Espanhol (2002), Bonecas Russas (2005), Dans Paris (2006) e Paris (2008).
Versátil, o ator se mostra inspirado tanto em dramas como em comédia. Como Jack Lemmon, ele tem aquela energia de cara normal, mais um na multidão. O que leva a uma empatia instantânea.
A trilha sonora inclui músicas em francês e inglês.
E para nós brasileiros, tem uma cena no início do filme onde Alex recita um poema em português para uma das mulheres. Ela diz que não fala português e ele replica que pelo menos ela já foi para Salvador. Ela fica surpresa e Alex mostra a fitinha do senhor do Bonfim que ela tem. E eu, assistindo o filme em um cinema aqui em Salvador, não consegui evitar um sorriso.
No clipe de Run The World (Girls), Beyoncé está em uma guerra sexista. E muito bem acompanhada. Em alguns cenas, ela executa a coreografia junto com dezenas de dançarinas. Na parte inicial, a edição chega a ser até um pouco lenta (poderia ser mais dinâmica), mas o clipe cumpre sua função.
A segunda música de trabalho já engatilhada. Till the End of Time, começa com uma baixo e percussão não estranhos para quem conhece música bahiana. Não é exatamente um axé, mas quase lá. As músicas de Beyoncé em geral buscam a explosão, mas Till the End of Time é bem gostosinha e relaxada. Quantos dias até Ivetão ou Cláudia Leite apresentarem uma versão ao vivo dessa música?
O disco 4 sairá dia 28 de junho e essa imagem acima é a capa do cd.
Que o dinamarquês Lars Von Trier é um grande diretor, filmes como Os Idiotas, Dançando no Escuro e Dogville já deixaram isso claro. Que ele é provavelmente um babaca, o fato da Nicole Kidman ter se negado a voltar para a continuação de Dogville e Bjork não ter nem trocado um aperto de mão como o diretor quando ela venceu o prêmio de melhor atriz no Festival de Cannes (Von Trier estava sentando ao seu lado) já deixavam isso no ar. Mas ele se superou agora.
Durante uma entrevista oficial do evento, onde Lars está lançando seu novo filme (Melancholia), ele afirmou “Eu achava que era judeu, era muito feliz por isso. Mas aí descobri que era nazista, quer dizer, minha família era alemã. Eu entendo Hitler. Claro que ele fez algumas coisas erradas. Mas eu o compreendo”. Por isso, o diretor se tornou “persona non grata” do festival de cinema mais festejado do planeta.
Von Trier afirmou que estava brincando e suas palavras foram tiradas do contexto. Devido a isso, o tom de brincadeira não foi percebido. Mas será que a morte de milhões de pessoas é tema para brincadeira sem graça? A expressão de revolta e desconforto da Kirsten Dunst (estrela de Melancholia) diz tudo. Ela mal consegue acreditar no que ele está falando. Brincadeira ou não, ele deveria ter ficado calado.
O Festival de Cannes começou dia 11 e termina amanhã, 22.
Dia 8 de julho estréia um filme que promete muito. Em Horrible Bosses (o filme ainda não recebeu um título em português), Jason Bateman, Charlie Day e Jason Sudeikis se cansam das humilhações e abusos promovidos por seus chefes e decidem matar todos os três patrões, vividos por Kevin Spacey, Collin Farrell e Jennifer Aniston. Jamie Foxx interpreta Motherfucker James, que irá ajudar os amigos.
Jennifer deve roubar a cena com sua personagem, uma dentista louca por sexo e sem nenhuma ética ou bom senso. A direção é do Seth Gordon, que já trabalhou dirigindo várias séries, como Parks and Recreation, Community e Modern Family.
Em turnê de seu primeiro disco solo (Manuscrito), Sandy preencheu o repertório com alguns covers muito bons. Como uma versão de Black Horse and the Cherry Tree, faixa do lindo disco Eye To The Telescope da KT Tunstall.
Beija Eu, da Marisa Monte, parece ter sido feita para a doçura da Sandy.
O grande hit de Corinne Bailey Rae, Put Your Records On, também está bem representado.
Além disso, também tem Lenine (Hoje Eu Quero Sair Só), Legião Urbana (Por Enquanto), Oasis (Wonderwall) e Lulu Santos (Casa). Vários vídeos já estão no You Tube.
O maior nome feminino do rock brasileiro, Pitty lança seu terceiro dvd (segundo com um show na íntegra), Trupe Delirante no Circo Voador. Levemente inspirada na história do quadrinista Laerte que se revelou crossdresser, Comum de Dois é sobre um homem que gosta de se vestir de mulher (crossdresser não está ligado à orientação sexual, a pessoa pode ser heterossexual, bissexual, homossexual ou até assexual).
Laerte travestido
A faixa é uma das mais dançantes do repertório da cantora e a única inédita do show, que tem como cereja a participação do Fábio Cascadura na faixa Senhor das Moscas, de sua banda, Cascadura. Todos os músicos que tocam com a Pitty já tocaram em algum momento no Cascadura.
E, abrindo seus horizontes, rolou até um cover de Roberto Carlos, Se Você Pensa.
Judas mal saiu e o terceiro single de Born This Way já foi liberado. O lançamento oficial é previsto para dia 23 desse mês. Essa é a primeira música do disco que realmente tem cara de hino catártico, como prometido pela cantora para as novas canções que comporão seu terceiro trabalho de estúdio. Quando ela canta "Put on your shades 'cause I'll be dancing in the flames" (coloque seus óculos escuros porque eu estarei dançando em chamas), você acredita. E já imagina o clipe!
Segundo o DJ White Shadow (co-produtor da faixa), a canção foi escrita inspirada no avô de Gaga. Ele estava doente e a cantora interrompeu as gravações de Born This Way para ir visitá-lo. Ela faleceu e quando a cantora voltou ao estúdio mostrou a música que tinha escrito. Mas como aconteceu em Speechless, não é possível perceber essa relação. Speechless é sobre o pai de Gaga ter se negado a fazer uma operação cardíaca que, se não feita, podia levá-lo à morte. Entretanto, na letra de Speechless, a palavra "pai" nunca é dita (ela se refere ao pai como "boy") e algumas frases são até estranhas quando se sabe a real inspiração da letra ("E depois de todos os drinks/E bares que frequentamos/Você desistiria de tudo?/Poderia eu desistir de tudo por você?/E depois de todos os meninos/E meninas por que passamos/Você desistiria de tudo?"). Gaga parece querer fazer uma arte pessoal, mas a molda de forma a torná-la universal. Isso funciona, mas me soa uma pouco covarde que ela se foque mais em escrever hinos do que em se expressar.
The Edge of Glory convida você a gritar o refrão, dançar de olhos fechados em alguns momentos e explodir para sentir algo verdadeiro. Dessa vez, Gaga não vacilou não criação de seu hit (mesmo comprometendo sua idéia inicial).
