sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Versão americana de Skins estreou no MTV e a quinta temporada britânica está para começar


Terça feira, dia 18 de janeiro, estreou a versão americana do seriado britânico Skins na MTV. Como os vídeos de divulgação já tinham adiantado, o primeiro episódio foi basicamente a refilmagem do que também iniciou a série na Inglaterra. Começa do mesmo jeito: a Eura “Effy” (Eleanor Zichy) chegando de manhã da balada, Tony (James Newman) acordando (até a tomada da cena na cama é semelhante a da versão britânica), se exercitando, vendo a vizinha nua, ligando o som alto para os pais não perceberem Effy entrando em casa. A única diferença que achei marcante foi a caracterização exageradamente bagaceira da Effy. A Kaya Scodelario parecia chegar em casa depois de uma noite com a Lily Allen. A americana estava com a Amy Winehouse ou o Pete Doherty.



Com algumas poucas codificações ou adições ao roteiro, o seriado teve um incômodo tom de copia. Isso provavelmente irá melhorar com os próximos episódios, mas é frustrante que eles tenham ousado tão pouco com uma série que tem ousadia em seu DNA e sempre foi muito aberta a modificações.



Em Skins os adolescentes são como personagens dos filmes do Larry Clark (Kids, Ken Parker): revoltados, abusam de drogas (lícitas e ilícitas) e sexo, mais no fundo buscam o que todo mundo quer, como amor, compreensão e satisfação. Os adultos são bobos, irresponsáveis e culpados pelo que os adolescentes se tornaram. Essa visão condescendente irrita em muitos momentos, mas como o show tem a visão dos jovens, é compreensível que os adultos sejam retratados assim, porque é dessa forma que muitas vezes os adultos são percebidos.



O primeiro episódio apresenta os personagens e conta a história de Tony (James Newman) tentando que Stanley (Daniel Flaherty) perca a virgindade. Para isso, ele planeja comprar maconha e vendê-la mais caro para comprar outras drogas (mais pesadas) para uma festa, onde Stanley irá transar com Caddie (Britne Oldford). Alguém deve avisar para a MTV fazer uma escolha: ou eles colocam os personagens falando palavrão ou tirem isso do roteiro, porque os “piiiii!” (usados quando alguém dizia fuck) ficaram patéticos.



A falta de ousadia da MTV não parou aí. A única grande modificação nos personagens principais foi o Max (Mitch Hewer) ter sido substituído pela Tea (Sofia Black-D'Elia).



Ah! Max e Tea são gays. Coincidência que o único personagem alterado significativamente foi o gay? Colocar uma mulher é mais seguro, porque o preconceito com homossexualidade feminina é menor (duas mulheres juntas é uma das principais fantasias sexuais masculinas). Podia ser até por outro motivo, mas por que então aconteceu a mesma coisa com a festa gay? O Chris (Joseph Dempsie) e Anwar (Dev Patel) iam para a festa com Max, pesando que seriam as únicas opções para as mulheres que estivessem ido para a festa com um amigo gay. Na versão da MTV, essa festa virou o Lezoramma, e Abbud (Ron Mustafaa) e Chris (Jesse Carere) acompanham Tea na expectativa de ver mulheres se beijando.

O elenco é composto por desconhecido, mas mostrou um bom trabalho. A trilha sonora também não se afastou muito da que foi usada no original britânico. Foi um bom episódio, mas todos os fãs da série já tinham assistido, então não foi uma surpresa. Vou continuar assistindo a série para descobrir o que eles iriam fazer. Desejo maior ousadia aos americanos.

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Na Inglaterra, o seriado está para começar sua quinta temporada. O retorno acontecerá em uma semana, dia 27. E como aconteceu entre a segunda e terceira temporada, todo o elenco principal é composto por uma nova turma de amigos. Veja o comercial que já está na internet.


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