segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Jamie Cullum - Don't Stop The Music

The Pursuit, novo disco do cantor inglês Jamie Cullum tem como primeiro single um cover da música Don’t Stop The Music da Rihanna.



Aqui se encontra um perfeito exemplo do que os americanos chamam “its a grower”. Grower é uma música ou disco que não causa uma rápida identificação, mas acaba te conquistando aos poucos a cada nova audição. Nas primeiras vezes você ainda está se acostumando. Na verdade, entendendo, digerindo. Ao começar ouvir essa versão, achei um pouco sem charme, o vocal descuidado demais, a melodia pouco marcada pelo piano. Quando terminou, eu já discordava de mim mesmo e coloquei para tocar de novo. O vocal descuidado combina com a coloquialidade e simplicidade da letra e a melodia inteligentemente se arrasta – crescente- para explodir no refrão.

Curiosamente, o Jamie não canta a vocalização da música Wanna be Startin' Somethin’ do Michael Jackson que foi usada na versão original da Rihanna. E o fez muito bem porque não havia espaço nessa sua versão jazz pop. Na original é a tal vocalização o único artifício que afasta o hit de cair na gigantesca vala de “canções para balada”, que traz algo original (mesmo não sendo) para a música da pop star. Veja bem, batida eletrônica? Check! Sintetizadores? Check! Vocal feminino? Check! Letra hedonista sobre dançar-paquerar-esquecer-o-mundo-lá-fora? Check! Um clichê vivo, não?

A letra de Don’t Stop The Music até tenta parecer sexual (“Mas agora nós estamos agitando na pista de dança agindo indecentemente), mas com versos como "Suas mãos ao redor da minha cintura, apenas deixe a música tocar/ Nós estamos de mãos dados, corpos colados e agora cara-a-cara" ,ela soa mais como um jazz leve para casais rodopiarem os salões mundo afora. Faz todo sentido essa versão mais arrojada do Jamie Cullum.

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