domingo, 25 de abril de 2010

As Melhores Coisas do Mundo ( e uma das mais irritantes)



SINOPSE: Mano (Francisco Miguez) é um adolescente de 15 anos. Ele está aprendendo a tocar guitarra com Marcelo (Paulo Vilhena), pois deseja chamar a atenção de uma garota. Seus pais, Camila (Denise Fraga) e Horácio (Zé Carlos Machado), estão se separando, o que afeta tanto ele quanto seu irmão mais velho, Pedro (Fiuk). Sua melhor amiga e confidente é Carol (Gabriela Rocha), que está apaixonada pelo professor Artur (Caio Blat). Em meio a estas situações, Mano precisa lidar com os colegas de escola em momentos de diversão e também sérios, típicos da adolescência nos dias atuais.

Uma das coisas mais irritantes do mundo é assistir um filme com uma platéia que não entende o que é drama e comédia (e acha graça em momentos sérios, por exemplo) ou que grita toda vez que um ator (Fiuk, no caso) aparece. Torna difícil mergulhar no filme quando os outros espectadores não têm a maturidade para perceber o que sendo colocado. Essa sessão me fez lembrar quando fui assistir ao relançamento de O Exorcista e as pessoas do cinema acharam o filme muito engraçado em vários momentos...

Apesar do título tão solar, esse filme é bem bittersweet (doce e amargo ao mesmo tempo). O que, em minha opinião, é bem apropriado já que conta a história de um adolescente – fase tão boa, mas igualmente sofrida e caótica.

A Laís Bodanzky ( Bicho de Sete Cabeças) reafirma seu talento como ótima diretora de atores. Até o núcleo jovem (geralmente o mais fraco nos filmes em geral) passa naturalidade, inclusive, na imperfeição dos sentimentos que nessa fase é bem marcante.

Se em 500 Dias Com Ela, o protagonista era louco por música britânica da décade de 1980, aqui, Mano (Francisco Miguez) é um jovem apreendendo a tocar violão. E o que é mais clássico e classe A do que apreender a tocar Beatles? Em mais de um momento no filme, vemos Mano tocar essa pérola do quarteto que revolucionou e criou a base na qual a música pop, o rock e o folk atual se apóiam. Admito que não lembrava do nome da música, mas dela, não. Não é surpresa nenhuma ela ser linda, né? Essa é uma das pérolas que o George Harrison escreveu.



Separação, amigos, bullying, amores, sexo, drogas (assunto abordado com uma naturalidade arrebatadora, sem nunca soar como provocação ou tentativa de transgressão por parte da diretora), internet, blogs, depressão e música são parte desse universo.

Fiuk e Paulo Vilhena mostram um talento nunca exibido na televisão. Principalmente Vilhena que interpreta o mesmo personagem em toda novela. A Denise Braga sempre está brilhante. A trilha sonora é boa e, predominantemente, brasileira. As partes são muito boas e o resultado dessa união também é. Vá você também se divertir e prestigiar o cinema nacional.

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