sábado, 17 de julho de 2010

Walter Salles levará On The Road, de Jack Kerouac, para o cinema e Meirelles a vida da Janis Joplin


Walter Salles e Fernando Meirelles são, provavelmente, os dois cineastas brasileiros mais importantes atualmente. E os dois estão envolvidos em projetos dos sonhos. Salles (Central do Brasil, Diários de Motocicleta) será o responsável por finalmente conseguir levar para as telas de cinema a adaptação de um dos mais importantes livros do século passado. Depois de muitos anos e muitos rumores, finalmente o filme (que já teve até o Johnny Depp com provável ator principal por muito tempo) será produzido. Livro esse que eu (amo e) decidi reler três dias atrás. Estou falando da bíblia do movimento beatnick On The Road – Pé Na Estrada, do grande escritor americano Jack Kerouac (um dos meus preferidos) E em uma bela coincidência, vi ontem uma entrevista com a Kristen Stewart na MTV, na qual ela foi questionada sobre o filme.


Ela interpretará Marylou (personagem baseada em Luanne Henderson), esposa de Dean Moriarty (baseado em Neal Cassady), o responsável por inspira Sal Paradise (alter ego de Kerouac) em se aventurar pelas estradas dos Estados Unidos. Ela contou que todo o elenco irá passar um mês no Canadá mergulhando no universo beatnick para se preparar para as filmagens. Ela declarou estar muito contente em poder fazer isso, mesmo esse sendo um filme pequeno (entenda “não é um super blockbuster de muitos, muitos milhões como os da saga Crepúsculo”), já que tem muita coisas do Jack que ela ainda não leu e irá ser uma boa oportunidade para se aproximar ainda mais desse universo.

Os outros três nomes confirmados são: Sam Riley (Sal Paradise)


Garrett Hedlund (Dean Moriarty)


e a Kirsten Dunst (Camille).

Hoje li que terá uma música no novo disco da Katy Perry, Teenage Dream, que foi inspirada pelo mesmo On The Road. Intitulada “Fireworks”, essa faixa foi escrita depois que o ator (e noivo da Katy) Russel Brand mostrou para ela uma passagem do livro que, acredito eu, seja a mais famosa dele. No DVD da banda de rock americana Switchfoot, o vocalista lê exatamente essa parte antes de cantar uma das músicas (no momento, não me lembro qual). Segue a tradução do site POPline sobre o que ela disse: "No livro ele fala sobre como ele queria estar próximo de pessoas que estavam zumbindo, efevercendo e fazendo as pessoas irem como fogos de artifício no céu. Eu acho que essa é toda a minha vibe. Eu quero ser um fogo de artifício de vida.” California Gurls tinha me deixado decepcionado imaginando o que virá nesse segundo cd da Katy, mas depois dessa notícia voltei a ficar curioso.


Vou transcrever abaixo a parte do livro que a inspirou à escrever Fireworks.

“Mas nessa época eles dançavam pelas ruas como piões frenéticos e eu me arrastava na mesma direção como tenho feito toda minha vida, sempre rastejando atrás de pessoas que me interessam, porque, para mim, pessoas mesmo são os loucos, os que estão loucos para viver, loucos para falar, loucos para ser salvos, que querem tudo ao mesmo tempo agora, aqueles que nunca bocejam e jamais falam chavões, mas queimam, queimam, queimam como fabulosos fojos de artifício explodindo como constelações em cujo centro fervilhante – pop! – pode-se ver um brilho azul e intenso até que todos digam “aaaaaah!””. (On the Road – Pé Na Estrada (Jack Kerouac) Editora L&PM Pocket, página 24-25).


Já o Fernando Meirelles (Cidade De Deus, O Jardineiro Fiel) irá dirigir a cinebiografia da Janis Joplin. Ou iria. Primeiro o Wyck Godfre, produtor de filme (e também produtor da saga Crepúsculo – olha os vampiros de novo relacionados com um diretor brasileiro!) afirmou que sua produtora fará o filme e que o Fernando foi contratado para dirigir. Então fui procurar mais informações e li que o projeto está num impasse porque “o produtor musical que tem os direitos das músicas da Janis Joplin não gostou do caminho escolhido. Creio que ele esperava um filme mais colado a vida da cantora, como uma espécie de documentário encenado, sem tantas liberdades. Como este caminho não me agrada tanto o projeto ficou num impasse”, afirmou Meirelles ao G1, deixando claro que nada está certo e que ele ainda está disposto a renegociar sua presença no projeto. Espero que isso seja resolvido logo (e com a continuação do brasileiro com diretor) porque essa é uma história que realmente merece ser (bem) contada.

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