Um espaço de residência para opiniões, informações e questionamento sobre música, cinema, literatura - cultura pop em geral. Sem a intenção de encontrar ou definir a verdade sobre os assuntos, apenas pensamentos transcritos representando a opinião de uma pessoa em um determinado momento.
domingo, 15 de novembro de 2009
terça-feira, 10 de novembro de 2009
Paramore - Brand New Eyes (resenha de três das faixas do disco)

O preconceito pode nos afastar de muitas coisas boas. As surpresas vêm de lugares muito inesperados algumas vezes. Todas as músicas que ouvi do disco anterior do Paramore não me empolgaram. Até que veio Decode, tema do filme Crepúsculo, e tinha algo diferente ali. Desse novo disco, Brand New Eyes, gosto muito do primeiro single (Ignorance), pois é uma canção com ‘pegada’ e pelo menos uns três ganchos que podem te fazer querer ouvi-la. Nela, a Hayley mostra o rancor vindo de uma briga com um amigo pelo fato dela ter mudado, mas ele não aceita ou concordar com isso.
Paramore - Ignorance
Misguided Ghost parece ter esse tema como caminho. A melodia folk clássica adornada por apenas uma quase não percebida percussão em um ponto e um segundo violão também muito discreto, hipnotiza pela honestidade e crueza de seus versos. Como uma carta deixada para trás com explicações, a música começa assim: “Eu vou sair por um tempo, mas eu vou retornar, não tente me encontrar porque eu voltarei o mais rápido possível. Veja, eu estou tentando encontrar meu lugar, mas pode não ser aqui onde eu me sinto segura... todos nós aprendemos a cometer erros e fugir deles - fugir deles sem direção". A pressão em lidar com os erros e com as conseqüências de seus atos, misturada com a dor em ter de dizer a outra pessoa que talvez ela já não consiga ser feliz ao seu lado fica clara na contradição em dizer “don't try and follow me 'cause I'll return as soon as possible”, mas confessar que “But it might not be here where I feel safe”. E quem não se reconhece quando ela canta que “as pessoas nas quais mais confiamos nos afastaram para bem longe” ou que “não existe só um caminho e nós não devemos continuar sendo as mesmas pessoas”? Essa é umas das músicas que mais gostei nesse ano.
A maturidade vem chegando ao Paramore e os efeitos disso estão sendo muito bem vindos. Em alguns casos, ela vem como uma doce canção pop, como
Paramore - The Only Exception
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
John Mayer - Who Says (clipe)


Desde o segundo cd (Heavier Things) ele tem tentado mudar sua imagem de garoto tímido e romântico. Nada errado nisso. Mas ele tem feito cada coisa ridícula... Exemplo: ele vestido naquela sunga do Borat, ou quando terminou pela primeira vez com a Jennifer Aniston e foi fazer piada sobre isso numa bar de comédia stand up, ou mesmo a entrevista que ele deu a TMZ contando que ele é que tinha acabado o namoro com a Jennifer.

Fico pensando se esse não é mais um dos casos onde a fama muda a pessoa. No primeiro disco ele um cara que fica se martirizando por ter dito alguma coisa errada ou ofensiva durante um encontro amoroso (My Stupid Mouth), no segundo diz querer ter uma vida caseira (Home Life). E agora é o cara que nem sabe quem é a mulher que está na sua cama. Espero que ele não vire um completo babaca porque nesse caso isso vai afetar seu trabalho. Fica difícil acreditar nele cantando canções de amor sabendo como ele realmente age com as mulheres. Pode parecer bobagem, mas você acaba levando para o lado pessoal.
O clipe de Who Says é razoável. Na minha opinião, faltou mais introspecção. O diretor quis fugir do óbvio, mas o resultado não convence completamente. A cena da piscina, por exemplo, parece uma cena da primeira temporada do seriado Gossip Girl.